terça-feira, 1 de outubro de 2013

Amar o próximo...

É...ela sempre tinha sido muito gajo nestas coisas de sexo...
Sexo era sexo e amor era amor.
Quando assumiu que realmente gostava de sexo pelo prazer que dava e recebia, sentiu que lhe saía um peso de cima.
Amar o próximo era a sua máxima, sem magoar ninguém, sem compromisso, e sem qualquer chatice.
Mas havendo em si alguns resquícios de gaja, nunca conseguia ir para a cama com qualquer um...
A boca era o seu primeiro alvo... se a boca lhe agradava... se lhe dava vontade de beijar... deixava que a tesão a invadisse imaginando os beijos, o toque, sentido que o seu corpo se incendiasse...
Por vezes acontecia o beijo ser fantástico e sexo nem por isso, mas raramente felizmente...
E como ela se transformava  no sexo...perdia aquele ar de senhora bem comportada, virando uma "puta" entesoada...
Quem a visse no seu dia a dia nunca saberia o fogo que lhe atacava o corpo nos momentos de tesão enlouquecida pelo desejo de satisfazer a sua vontade...
Por vezes na ânsia de se satisfazer perdia um pouco o controle e deixava que a manipulassem... mas aos poucos descobriu que tinha de ser ela a decidir, quando, onde, com quem...
Ele gostava da independência dela, daquele jeito dominador de conduzir as situações e o próprio sexo...
Mas apaixonou-se por ela...
Erro fatal...ela não queria um amor na sua vida... tinha tudo organizado para nunca se prender...nem a ele... nem a ninguém...
Quando ele tentou prende-la... ela disse-lhe:
Querido... Deus manda-nos amar o próximo e eu sigo a sua lei...
 Ainda se falam...  mas ele nunca mais a teve na sua cama....


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